Torneio de Braga: FC Porto 4 Cagliari 1 (5-3 pen)


Boas notícias para Jesualdo Ferreira. Um dos calcanhares de Aquiles deste Dragão ao longo da última temporada, o aproveitamento de lances de bola parada, parece coisa de um passado bem distante. O adversário também estará longe do fulgor de outrora, do «scudetto» conquistado em 1970, mas torna-se redutor observar este encontro pelo prisma simplista, falando apenas em facilidades. O F.C. Porto contribuiu para a sua causa e carbura a bom ritmo (4-1).

Em dois jogos do Torneio Internacional de Braga, o treinador dos dragões repetiu cinco jogadores no onze. Teria possibilidade de utilizar equipas distintas, frente a Leixões e Cagliari, mas demonstrou que pretende consolidar um sistema quanto antes, testando apenas soluções pontuais. Nota para a estreia de Hulk a marcar, ao cair do pano.

Rolando, Raul Meireles, Lucho González, Mariano e Lisandro López foram titulares nos dois compromissos. Para Rolando e Mariano, excelentes notícias, por sinal. O central conta com a concorrência apertada de Pedro Emanuel, mas o extremo beneficia da lesão de Tarik e do desaparecimento de Ricardo Quaresma para aspirar a um lugar no onze para a fase inicial da Liga 2008/09.

Voltemos atrás para recuperar os lances de bola parada, porque já não vale a pena andar a alimentar romances em torno de Quaresma (sejam lesões, opções ou qualquer outro termo, continua longe da vista), o F.C. Porto precisou de apenas 19 minutos para denotar a esperteza de sempre. Na sequência de um canto, Bruno Alves fez um lançamento lateral, recebeu a bola de Sapunaru e cruzou, qual extremo, para a cabeça de Lisandro.

Provocado o primeiro tombo, a muralha do Cagliari, já de si pouco consistente, desmoronou por completo. Lino bate canto na esquerda e os dois homens de área do F.C. Porto, nada altos por sinal, têm tempo e espaço para visar a baliza contrária. Farías chegou-se à frente, marcou de cabeça e retardou o bis de Lisandro. Dois minutos, apenas, pois cada tiro derrubava cada melro e, na segunda assistência de Bruno Alves, Licha fez questão de voltar a facturar, partindo de posição duvidosa. Questão arrumada.

Do outro lado, Hélton tinha vida descansada. A defesa do F.C. Porto denotava coesão, o discreto Fernando ainda compensava eventuais falhas e sobrava pouco espaço para o adversário. O melhor momento do Cagliari chegou apenas ao minuto 40, com Bianco a atirar à trave, na cobrança de um livre frontal.

Na segunda parte, mais uma amostra de Hulk (ainda longe da realidade do futebol europeu) e bem menos espectáculo. Os dragões baixaram o ritmo e consentiram o tento de honra do adversário, ao cair do pano, por intermédio de Fini. Percebeu-se, nesse período, que os suplentes eram a verdadeira equipa do Cagliari. Tarde demais.

Ficha de jogo:
Estádio AXA, em Braga
Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Fernando Pereira e Tiago Leandro

F.C. PORTO: Hélton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves (Fucile, 46m) e Lino; Lucho González, Fernando (Bolatti, 77m) e Raul Meireles (Tomás Costa, 46m); Mariano (Hulk, 46m), Farías (Candeias, 72m) e Lisandro López (Cristian Rodriguez, 46m).
Suplentes não utilizados: Ventura

CAGLIARI: Marcheti; Pisano (Ferri, 74m), Agostini (Lazari, 46m), Canini (Matri, 46m), Conti (Burrai, 85m), Bianco, Cossu (Astori, 46m), Biondini (Del Grosso, 46m), Larrivey (Magliocchetti, 78m), Parol (Fini, 46m) e Jeda.
Suplentes não utilizados: Aresti.

Golos: Lisandro López (19m), Farías (25m), Lisandro López (27m), Fini (81m), Hulk (93m)






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