5 Razões da derrota do FC Porto

A lesão de Mariano, as oscilações da defesa, a inadaptação de Guarín, o desperdício na concretização e a ausência de Quaresma ajudam a perceber a derrota do F. C. Porto frente ao Sporting (2-0), na Supertaça Cândido Oliveira.

O F. C. Porto perdeu a terceira final seguida para o Sporting, depois das derrotas na Supertaça e na Taça de Portugal da época passada. Mais um deslize, agora na Supertaça desta temporada. Jesualdo Ferreira continua sem vencer uma final na carreira, um fardo que o treinador bicampeão não se liberta. O jogo acabou por ser equilibrado, mas o Sporting marcou por duas vezes, por Yannick Djaló, diante de um adversário que acusou o síndrome do leão.

1.ª A lesão de Mariano
Talvez a questão central. A lesão de Mariano González debilitou o F. C. Porto, obrigando o treinador a retocar a estratégia. Lisandro López passou do meio para o flanco, o que tirou dimensão ofensiva à equipa. O avançado argentino passou despercebido, não fez mossa à frente e também não fechou o flanco atrás, o que criou muitos problemas ao compatriota Benítez. No eixo, Ernesto Farias foi presa fácil. Muito previsível e lento não deu explosão aos portistas. Pode questionar-se se Hulk ou Candeias, que entraram muito bem, um deles não poderia ser titular? A pergunta é legítima, mas seria uma aposta arriscanda, tratando-se de reforços que ainda não estão bem entrosados. E no Algarve, os portistas jogaram com quatro caras novas no onze.

2.ª A defesa tremeu
Não é normal no F. C. Porto, mas a defesa tremeu. Mais do que seria de esperar. A linha defensiva esteve irreconhecível e Sapunaru falhou no lance do segundo golo do Sporting. Pedro Emanuel e Bruno Alves também estiveram muito oscilantes, nervosos e faltosos. Benítez, o lateral esquerdo, viu-se sozinho no flanco, perdendo a luta para Abel e Izmailov. O treinador tem de rever o processo defensivo, a imagem de marca de um dragão seguro. Também parece claro que Sapunaru e Benítez ainda não estão completamente integrados e identificados com as rotinas defensivas.

3.ª Guarín inadaptado
Quem viu o jogo lembrou-se de Paulo Assunção. O brasileiro era um relógio de movimentos certos e seguros. Guarín é um jogador diferente, muito mais forte fisicamente e com projecção ofensiva, porém ainda não tem a noção do espaço que percorre e precisa de ter muitas lições tácticas para ser o pêndulo do meio-campo. Falhou passes, nem sempre fechou atrás, andou perdido e isso descompensou a linha média, obrigando Raul Meireles e Lucho González a missões defensivas, pois do outro lado o losango do Sporting estava quase sempre em superioridade numérica.

4.ª Concretização
O F. C. Porto rematou mais do que o Sporting, teve mais cantos e mais tempo a bola em seu poder, mas não marcou golos. É verdade que faltou sorte - Lucho González mandou uma bola ao poste e desperdiçou um penálti -, mas uma equipa tricampeã tem de ser mais acutilante, mais electrizante e mais explosiva. E muito, muito mais eficaz. Tal e qual como o Sporting, que soube aproveitar os erros e concretizou as oportunidades criadas.5.ª

Quaresma
É um tema incontornável. É um jogador que desequilibra num lance de génio e num toque de magia. O F. C. Porto tem Quaresma, mas continua a prescindir dos serviços do jogador por razões estratégicas e que passam pela sua transferência. Mas a verdade é que o criativo extremo fez muita falta à equipa, obrigando Lucho González a uma missão de sacrifício, na construção do jogo ofensivo. Porém, Rodríguez tem mostrado ser uma boa alternativa ao Harry Potter

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